quinta-feira, 25 de abril de 2013

Por que roubar?


As vezes me pergunto o motivo pelo qual um indivíduo possa roubar. Imagino-me na posição desta pessoa e tento assim, criar alguma situação que me levaria a subtrair o bem alheio, mas em quase todas ela, somente chego a um motivo único. Inveja. Eu explicarei...

Eu roubaria algo de alguém se me sentisse rejeitado pela sociedade. Se não conseguisse um emprego que me desse as oportunidades de obter o que desejasse. Assim, sairia as ruas e veria amigos, colegas e desconhecidos esnobando-se de suas posses, de seus valores materiais, e aquilo, uma hora, me deixaria triste, me estressaria, me colocaria a mercê do impulso humano. Não aguentaria, e roubaria. - Vendo desta forma, concluiríamos que a inveja fora o motivo real deste ato.

Eu roubaria algo de alguém se achasse que este alguém estivesse roubando de outras pessoas. Este ladrão estaria, por exemplo, roubando o povo através de esquemas fraudulentos, corrupção de autoridades governamentais, ou coisas deste tipo. Este verme da sociedade não mereceria ter o que tem, então eu o roubaria dele, pois o que é dele de fato, nunca fora de direito. - Analisando esta outra realidade, se eu roubasse esta pessoa, eu estaria também com a inveja me guiando, pois ao final, eu queria mesmo é poder estar roubando como ele rouba, pois usei do mesmo ato para equilibrar o jogo.

Eu roubaria algo de alguém se este tivesse roubado de mim anteriormente. Com certeza me daria uma vontade imensa de tirar deste condenado se um dia ele já tivesse tirado de mim. Quem não iria querer se vingar assim? Se houvesse a possibilidade, eu roubaria quem tivesse roubado de mim. - Outra situação que mesmo havendo diferentes emoções envolvidas, ainda assim, a última e determinante emoção, seria a inveja, pois se fosse justiça que eu queria, eu o teria denunciado em primeiro lugar.

Eu roubaria algo do governo. Caramba, o governo usurpa de todos, todos os dias, então armaria um esquema grande, com engenheiros, e atacaria o caixa forte do governo. Faria um buraco por debaixo da terra, e levaria o máximo que pudesse quando chegasse lá. - Sem dúvida alguma que estamos falando da inveja, pois de novo, todos gostariam de estar lá em Brasília, fingindo que trabalham, e ganhando rios de dinheiro não só do próprio governo, mas de empresas com suas propinas.

Eu roubaria um Banco! Quem não roubaria? - Inveja de quem tem demais.

Eu roubaria para matar a fome. Se estivesse passando fome, e se nada mais que fizesse pudesse me dar o que comer, eu pegaria sem pedir, correria, e mataria a fome que estava me matando. Que pagasse o preço do meu erro depois. - Neste caso penso ser algo diferente de todas as situações, pois roubar para comer, nada mais é do que a omissão do estado para o ser humano, esquecendo assim, daquilo que deveriam defender sem nem pestanejar, conforme descrito na constituição brasileira.

Eu quase todas as situações, aquilo que os outros fazem, ou aquilo que os outros possuem, me levaria a roubar destes, pois a inconformidade de não ter as condições de usufruir dos bens que me dariam, em tese, uma vida melhor, dirigiriam as minhas metas para a posse de qualquer maneira, destes bens, colocando assim a inveja como fator determinante para alguém subtrair bem alheio.

Agora... por que sentimos inveja?
Fica para o próximo texto... (vou pensar mais um pouco)

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