As vezes me pergunto o motivo pelo qual
um indivíduo possa roubar. Imagino-me na posição desta pessoa e
tento assim, criar alguma situação que me levaria a subtrair o bem
alheio, mas em quase todas ela, somente chego a um motivo único.
Inveja. Eu explicarei...
Eu roubaria algo de alguém se me
sentisse rejeitado pela sociedade. Se não conseguisse um emprego que
me desse as oportunidades de obter o que desejasse. Assim, sairia as
ruas e veria amigos, colegas e desconhecidos esnobando-se de suas
posses, de seus valores materiais, e aquilo, uma hora, me deixaria
triste, me estressaria, me colocaria a mercê do impulso humano. Não
aguentaria, e roubaria. - Vendo desta forma, concluiríamos que a
inveja fora o motivo real deste ato.
Eu roubaria algo de alguém se achasse
que este alguém estivesse roubando de outras pessoas. Este ladrão
estaria, por exemplo, roubando o povo através de esquemas
fraudulentos, corrupção de autoridades governamentais, ou coisas
deste tipo. Este verme da sociedade não mereceria ter o que tem,
então eu o roubaria dele, pois o que é dele de fato, nunca fora de
direito. - Analisando esta outra realidade, se eu roubasse esta
pessoa, eu estaria também com a inveja me guiando, pois ao final, eu
queria mesmo é poder estar roubando como ele rouba, pois usei do
mesmo ato para equilibrar o jogo.
Eu roubaria algo de alguém se este
tivesse roubado de mim anteriormente. Com certeza me daria uma
vontade imensa de tirar deste condenado se um dia ele já tivesse
tirado de mim. Quem não iria querer se vingar assim? Se houvesse a
possibilidade, eu roubaria quem tivesse roubado de mim. - Outra
situação que mesmo havendo diferentes emoções envolvidas, ainda
assim, a última e determinante emoção, seria a inveja, pois se
fosse justiça que eu queria, eu o teria denunciado em primeiro
lugar.
Eu roubaria algo do governo. Caramba, o
governo usurpa de todos, todos os dias, então armaria um esquema
grande, com engenheiros, e atacaria o caixa forte do governo. Faria
um buraco por debaixo da terra, e levaria o máximo que pudesse
quando chegasse lá. - Sem dúvida alguma que estamos falando da
inveja, pois de novo, todos gostariam de estar lá em Brasília,
fingindo que trabalham, e ganhando rios de dinheiro não só do
próprio governo, mas de empresas com suas propinas.
Eu roubaria um Banco! Quem não
roubaria? - Inveja de quem tem demais.
Eu roubaria para matar a fome. Se
estivesse passando fome, e se nada mais que fizesse pudesse me dar o
que comer, eu pegaria sem pedir, correria, e mataria a fome que
estava me matando. Que pagasse o preço do meu erro depois. - Neste
caso penso ser algo diferente de todas as situações, pois roubar
para comer, nada mais é do que a omissão do estado para o ser
humano, esquecendo assim, daquilo que deveriam defender sem nem
pestanejar, conforme descrito na constituição brasileira.
Eu quase todas as situações, aquilo
que os outros fazem, ou aquilo que os outros possuem, me levaria a
roubar destes, pois a inconformidade de não ter as condições de
usufruir dos bens que me dariam, em tese, uma vida melhor,
dirigiriam as minhas metas para a posse de qualquer maneira, destes
bens, colocando assim a inveja como fator determinante para alguém
subtrair bem alheio.
Agora... por que sentimos inveja?
Fica para o próximo texto... (vou
pensar mais um pouco)
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