quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

A Igreja das Últimas Pessoas Boas do Mundo


CAPÍTULO 01 – Introdução e Valores.

Fiquei imaginando como seria uma religião que não seguisse nenhum dogma criado por outras religiões. Algo novo sem julgamentos, encenações, sem exorcismos, regras ou bíblias. Como seria uma religião sem hipocrisia, sem certezas, sem purificações e sem dramaturgia. Imagino que se existisse algo assim, seria ela a melhor religião de todas. Como esta seria então?

Os valores que pregaríamos. Pois então, quem pode me dizer quais os valores corretos que uma nova religião pregaria? Seriam estes baseados nos mandamentos que Moisés estabeleceu e que hoje as igrejas pregam? Por que não, eu pergunto? Talvez tenhamos que estudá-las um pouco mais e reescrevê-las de uma forma mais aberta e verdadeira, condizente com a nossa realidade, mas não vejo-as de mal algum.

1º Amarás a Deus sobre todas as coisas.
Quem sabe dizer de fato o que é Deus? Se não sabemos descrevê-lo fisicamente, então somente semear a bondade que sentimos e desejamos seria o necessário.

2º Não tomarás o Nome de Deus em vão.
Falar em nome de Deus, deste sentimento bom que emana de todos os humanos mas poucos o seguem, seria de fato o que este mandamento significaria. Se não podemos descrever Deus, somente o que sentimos, não haveria como dar um nome próprio a Deus, então os atos seriam aqui justificado neste mandamento.

3º Santificarás as festas.
Santificarás as festas. Poxa, quem sabe de verdade o que isso significa? Mas usaríamos também. Talvez ser bom em todas as confraternizações, todos os dias, todas as horas, seria a melhor maneira de santificar as festas. Não acham?

4º Honrarás a teu pai e a tua mãe.Iríamos mais fundo neste item. Honraríamos a todos, pois se somos frutos deste planeta, nosso pai e a nossa mãe vai muito além do fator biológico.

5º Não matarás.
Essa é clara!!!

6º Não cometerás atos impuros.Descrever atos impuros é algo dogmático hoje. Fazer sexo é ato impuro? Talvez se fizessemos com maldade seria. Talvez atos impuros seriam aqueles atos feitos com intenção de maldade a alguém, e não com base em interpretações religiosas.

7º Não roubarás.
Óbvio.

8º Não dirás falso testemunho nem mentirás.Porque mentimos? Medo, somente isso. Medo de não sermos aceitos. Medo de errar. Medo das consequências. Medo é o último obstáculo para nossa emancipação como seres humanos racionais.

9º Não consentirás pensamentos nem desejos impuros.Outro item que está conectado a maldade somente. Se pensarmos em algo que sua consequência será pura maldade com o próximo, obviamente deveríamos lutar contra estes.

10º Não cobiçarás os bens alheios.
Redundante com os outros itens descritos.

É claro que todos somos passíveis de erros. Ninguém é perfeito ou tem intenção de ser. Então nesta nova religião estaríamos lá para ajudar a todos. Cada um de nós seríamos os pastores uns dos outros. Ajudaríamos àqueles que necessitam de uma palavra amiga, de uma orientação, de um esforço físico para mudar nossas próprias vidas. Nos juntaríamos semanalmente para ajudar somente e não julgar tais erros que contradizem nossos valores. Mostraríamos que a salvação está em nós mesmos e através de gestos bondosos de todos que são parte desta igreja, mudaríamos uma vida de cada vez.

Continuarei este texto em breve, irei refletir sobre outros aspectos religiosos e adaptarei a esta suposta nova religião para debatermos. Deem sua opinião de como seria, então, uma religião que não estivesse conectada a esta barbaridade que hoje vivemos.


Capítulo 02 - A Bíblia da nova religião.

Escrever o que sentimos, o que pensamos, o que desejamos é a melhor maneira de compartilhar nossa felicidade e receios com outros que poderão usar, tal experiência, em suas vidas. Então a bíblia desta nova religião será escrita do princípio. Com depoimentos individuais, com soluções espirituais e milagres que presenciamos diariamente. Não haverá um profeta somente, mas todos serão parte da história desta religião.

Esta nova bíblia será passiva de erros, pois sempre iremos analisar os atos nela contidos. Mas nenhum item será esquecido. Nenhuma história será apagada da mesma.

As palavras serão claras. Não haverá confusão. Não haverá nomes e datas de adoração. Não haverá regras ou julgamentos. Somente a história da vida e dela como ajudou a mudar a realidade de alguém. Seria pura e verdadeira, pois seriam fatos reais e assim, nunca teria um fim, a não ser que o nosso chegue.

A verdadeira Bíblia, seria escrita com amor, então através dela, Deus demonstraria sua real força sobre nós.

Capítulo 03 – O Templo

As igrejas de hoje são castelos suntuosos, caros e sem função alguma além de demonstrar a grandeza de usas religiões. São sólidas em sua construção, mas vazias em suas fundações.

Esta nova religião haveriam templos também, mas não para adoração, mas sim para o bem, para juntarmo-nos e compartilhar nossa experiências, nossas aflições e além de tudo ajudar a quem precise. Não usaríamos este templo somente para compartilhar ensinamentos, mas para propagá-los também. Haveriam cursos técnicos para melhorar nosso conhecimento para o sustento. Alfabetização daqueles que precisam. Haveriam espaços para festas, e confraternizações. Espaço para a família e para os amigos.

Os novos templos estariam em equilíbrio com o meio ambiente, pois não podemos deixar de lado o mundo que vivemos e a natureza. Somos parte de um todo. Não viveríamos sem o planeta e o que ele nos oferece.

Um templo de sabedoria, seria a visão para esta nova religião.

Capítulo 04 – A crença.

Qual religião é a verdadeira de Deus? Todas elas se vangloriam de serem as corretas. Todas as religiões dizem serem a única de Deus. Quem está certo? Qual religião é a religião de Deus? Pois digo que nesta nova religião, todas elas estarão certas.

Se você acreditar em catolicismos, será bem vindo, se acreditar no evangelismo, também. Prefere o hinduísmo ou budismo? Podem entrar pela porta da frente. Não acreditam em nenhum Deus, mas acreditam na bondade? Subam ao microfone e partilhem de sua visão. Não importa o que você acredite desde que faça o bem, esta nova religião é feita para você!

Ser bondoso e caridoso é a única crença que acreditamos. No final, serão os seus atos consigo e com o próximo que contarão. Não tenha medo de se expressar, e fale sobre o que acredita e como faz do mundo, um lugar melhor para viver.

Esta será a crença desta religião.

Capítulo 05 – Os discípulos

Igualdade. Não há outra palavra para descrever os discípulos desta nova religião. Todos são bem vindos, todos são iguais. Não descriminaremos ninguém, desde que a bondade prevaleça acima de qualquer opção de vida. Somos todos filhos do criador. Somos todos irmãos e não há como nos separar. Sermos diferentes e iguais ao mesmo tempo é o que nos fazem fortes perante tantas dificuldades que o mundo nos apresenta.

Ninguém será julgado. Ninguém será tratado diferente. Nesta nova religião, serão os seus atos de bondade que contarão.

Capítulo 06 – A ciência

Qual seria a posição desta nova religião quanto a ciência? Somos completamente a favor. Sempre seremos desde que seja voltada a bondade e prosperidade da raça humana e de todas as outras espécies do universo. Do UNIVERSO, perguntarão? Sim, do universo. Estamos abertos a novas raças, a novos seres, sejam estes terrenos ou não. Deus está em tudo, e não deixaria ele de estar em outro ser, em nossa visão.

Células troncos, engenharia genética, vacinas, viagens espaciais, teorias e observações. Filosofia, Matemática, Física e Química. Nada é descartado se for para avançarmos, para melhorarmos, para preservarmos e salvarmos tudo ao nosso redor e todos que precisem.

Capítulo 07 – Dinheiro

Dinheiro é a desgraça que afunda o nosso planeta. A ganância que dele nasce, destrói a tudo e a todos. Somos obrigados a aceitá-lo pois sem ele, esta maldita forma de aquisição, morremos de fome, de frio, jogados e desrespeitados por todos.

O dinheiro nesta nova religião será uma ferramente secundária somente. Iremos incentivar a doação material a ela. Exemplos claros seriam, tijolos para ampliar o templo em um novo projeto ou para alguém que precise em sua moradia. Telhas, Cimento, Brinquedos, ou Tempo dos discípulos. Caso não haja o suficiente para a conclusão, pediríamos aos membros que ajudassem com o que pudessem, e tudo arrecadado seria contabilizado para o projeto em questão. Todos fiscalizariam e seriam incentivados a fazê-lo. Não haveria salários, pois não teríamos funcionários. Todos estariam lá porque desejam estar. Porque desejam compartilhar. Se tivéssemos que pagar aluguel, doaríamos para pagá-lo. Nada mais. Nada menos.

O maior e mais valioso bem desta igreja seria o TEMPO que dispomos para ajudarmos, seja dentro ou fora desta “igreja”.

Deixaríamos claro a todos os membros que suas posses pessoais não o tornaria alguém melhor ou pior dentro desta nova religião. Somente ele, pessoalmente, poderia fazer a diferença na vida de alguém.

Engenheiros ajudariam a construir. Médicos a cuidar. Profissionais de todos os ramos doariam o seu tempo para fazer alguém melhor, alguém mais feliz. Seja em grupo ou individualmente.

Somos a única raça deste planeta que PAGA para viver, então, nesta nova religião, pregaríamos que todos devem viver em prosperidade não importa o que sonham ser ou fazer. A felicidade vem em primeiro lugar sempre e esta, não está relacionada à posses.

Até nos livrarmos desta desgraça monetária, usaríamos somente para propagar o bem e nada mais.

Capítulo 08 – O que buscamos com tudo isso?

O que buscam as religiões atuais? Nada fazem para melhorar o meio que vivem. Não ajudam sem anexar um valor a esta. Não inspiram a bondade. Não desejam a igualdade. Nada anseiam nada a não ser a sua cabeça. A nossa credibilidade inquestionável. Brigam por gado. Sim, você meu amigo e minha amiga. Vocês são vistos como cabeças bovinas e quanto mais eles possuem, mais gananciosos ficam.

Nesta nova religião nós buscaremos a PÁZ entre todos, e a prosperidade. Ser prósperos não quer dizer que temos muito dinheiro, mas que vivemos felizes acima de qualquer tormenta e que aquilo que desejamos de verdade, nós temos. Ser pacífico em nossas vidas, não significa deixar de lutar pelo que é certo, mas encabeçar a luta em busca da felicidade nossa e a de todos mais.

Seríamos o espelho de nossos sonhos. Não correríamos do medo, mas iríamos enfrentá-lo com a certeza de que juntos, o venceríamos.

Aquilo que não entendêssemos, não fecharíamos as portas no receio. Mas estaríamos abertos a novas possibilidades, e consequentemente, iríamos expandir nossas fronteiras.

Buscaremos o que de fato, poderia nos fazer felizes e iguais em todos os sentidos de todas as maneiras. O indivíduo seria importante da maneira que ele é pois desta forma ajudaria no desenvolvimento da sua própria vida e das vidas que lhe rodeia. Sermos bons e generosos, e ainda buscar a compreensão de nossa existência, seria a essência desta nova religião.

Capítulo 09 – Imagens, Símbolos e Santos

Nossas crenças pessoais são apenas isso. Crenças pessoais. Nesta nova religião não iremos adorar um símbolo, uma imagem ou um Santo em específico. Isso cabe a você, novo discípulo, a adotar aquilo ou aquele que melhor espelha os seus valores. Se você acredita que Jesus Cristo fora enviado por Deus, o criador, para nos salvar, esteja livre para apreciá-lo ou adorá-lo. Se Krishna for o seu profeta escolhido, então viva sua vida afirmando isso a você mesmo. Buda, Maomé, Joseph Smith, abdução alienígena, seja quem for ou o que for, você está livre para manifestar sua lealdade à sua crença pessoal, desde que a BONDADE esteja espelhada nestes símbolos.

O Diabo ou Satanás não serão apoiados por esta nova religião, mesmo porque, vamos convir, a verdadeira maldade é provinda somente do homem, que em busca de seus ganancioso e deturbados valores pessoais maltrata a tudo e a todos ao seu redor sem medir a consequência deste ato. De guerras a assassinatos, de roubos a mentiras, nada mais do que a ganância, impulsiona tal autodestruição.

Assim, cabe a esta nova religião propagar a bondade em todos os meios e de todas as formas, pois esta sim é a imagem que criamos do Deus que acreditamos, independente de sua forma física, da imagem que espelha, ou do objeto que nos faz lembrá-lo.